Barras de Access® além dos 32 pontos e dos Unicórnios

As ferramentas de Access Consciousness®, em especial as Barras de Access, se popularizaram muito nos últimos anos. Entre pontos na cabeça, competição de frases estranhas e adultos vivendo como Unicórnios (sim, adultos se comportando como seres mitológicos, ou seja, vivendo um mundo imaginário com cores de algodão doce) é possível encontrar um outro mundo incrível e cheio de possibilidades.

Como trabalho com essas ferramentas, me reservo o direito de começar pelas críticas. E sou especialmente crítica com aquilo que trabalho.

Em primeiro lugar, o que era para ser uma ferramenta absolutamente simples tornou-se espaço de floreios sem sentido. Correr Barras, como é chamado o ato de receber o toque nos 32 pontos na cabeça, é apenas isso: deitar confortavelmente e ter os pontos da cabeça tocados. É este toque suave que irá deletar os pontos de vista fixos, promover relaxamento de corpo e mente, e criar espaço para que a pessoa possa viver de forma diferente.

Imagine que você tenha um computador lotado de arquivos no HD, além disso, o mantém ligado e rodando programas por dias sem reiniciar. Uma hora a máquina trava, o processador não dá conta de processar todas as informações do HD e da memória RAM. Nossa mente funciona de forma parecida. Os pontos de vista fixos (com base em experiências do passado) estão lotando o HD. A vida corrida, cheia de informações, cobranças e julgamentos ocupa toda memória RAM. E como você espera processar tudo isso?

Correr Barras “deleta” os programas que já não servem mais, liberando espaço para processar o que realmente é importante no momento.

E é isso. Só isso!

Praticantes de Barras falando durante a sessão, fazendo frases complexas e entupindo de estímulos sem perguntar se a pessoa está disposta a receber tudo isso é, no mínimo, abusivo.

Já perdi as contas de quantas pessoas entraram na minha sala de atendimento relatando péssimas experiências com Barras de Access e quando relatam as experiências fica nítido que o que gerou incômodo não foram as Barras. O que gerou incômodo foi todo o restante que a pessoa fez, tudo aquilo que não era Correr Barras.

Até aí… ok né… talvez pela necessidade de aprovação, por achar que vai salvar o mundo, ou por querer resolver a vida das outras pessoas, haja uma tendência de entregar aquilo que não foi solicitado.

Só que não para por aí. Muitas pessoas utilizam as ferramentas do Access como forma de justificar a própria infantilidade frente a vida. Uma legião de adultos que no lugar de acolher sua criança interior, se infantilizam, tornando-se novamente a criança ferida. Como resultado vemos adultos fantasiados de Unicórnio classificando a própria tirania como “escolha consciente”.

E afinal, por que Unicórnio?

Existe um livro infantil do Access que é lindo, com o título “Manifesto do Bebê Unicórnio” que tem como objetivo ser a inspiração para que crianças e adultos se empoderem e sejam quem realmente são. É uma alegoria, ninguém aqui é Unicórnio!

E já percebo quem é do Access reagindo a esse texto dizendo: “Nossaaaaa, quanto julgamento, interessante ponto de vista”.

E neste ponto vou utilizar toda a minha arrogância para dizer: não é julgamento, é consciência.

As pessoas que vivem o Access e se tornam verdadeiramente mais conscientes são raras. Não precisam passar por cima de ninguém, nem fazer politicagem, nem lamber o… bom, deixa pra lá, vocês já pegaram a energia. E quando essas pessoas se encontram, acessam um certo nível de estranhamento, porque mesmo neste meio, a caminhada por mais consciência é muito solitária.

Então eu sinto muito informar, mas quem vier correr Barras comigo, será muito bem acolhido e empoderado, receberá uma sessão de Barras e ponto. E eu sei que você irá pra vida, e só irá voltar quando quiser, porque tem total autonomia para escolher quando irá receber uma sessão novamente. Relaxa, não vou te empurrar um pacote de 10 sessões quando você me enviar mensagem.

No mais… pessoas são pessoas e fazem o que fazem porque fazem. Então esteja atento e ouça o SEU saber, para escolher com clareza as pessoas que irão tocar o seu mundo.